o que é serviço social
interessa lembrar como isto aconteceu nos Estados Unidos porque, como
bons colonizados, copiamos os métodos e técnicas de lá, durante muito
tempo.
As damas de caridade que pretendiam ganhar o céu minorando as
agruras alheias acreditavam seriamente que os pobres eram a causa de
sua própria situação e bastavam uma ajuda inicial e alguns conselhos
bem dirigidos para que se lhes abrissem as portas das benesses que o
capitalismo oferecia a todos indistintamente. Como o pobre sempre tem
muitos filhos, não bastava apenas ajudar a pessoa, era necessário também
pensar na família, com menores, na área de higiene, etc. (outros)*.
Até então, por razões semelhantes, o poder público não estava
interessado em assumir os custos da assistência social deixando-a nas
mãos de instituições particulares, especialmente as religiosas.
No entanto, havia uma sociedade capitalista em desenvolvimento.
Uma época de profundas crises econômicas, com a pobreza e a miséria
se alastrando, conseqüências do rápido crescimento urbano e industrial.
A sociologia tentou dar conta de tudo isto e oferecer uma explicação
não religiosa ao que acontecia na sociedade, ao mesmo tempo, havia
na sociedade americana várias experiências de filantropia e caridade,
tendendo a procurar um espaço dentro das novas profissões emergentes.
Foi juntando tudo isso e mais a preocupação em reformar essa
sociedade que Mary Richmond, uma assistente social norte-americana, no
início do século XX, teve a sensibilidade de começar a pensar e a escrever
a respeito do que é Serviço Social e do como ele deveria ser exercido.
Aproveitando os relatos de experiências de colegas e alunas e sua
vasta experiência, ela é a primeira escrever sobre a diferença e fazer
“assistência social”, ou caridade, ou filantropia, e o Serviço Social
propriamente dito.
É através do