O que é ser enfermeiro
O enfermeiro, ao ingressar na faculdade, tem como ideal de profissão a assistência direta ao paciente(idealização criada pela sociedade e pela experiência de vida de alguns), quando a função predominante exercida pelo mesmo após a conclusão do curso é a de supervisionar e controlar o processo de trabalho dos demais membros da equipe de enfermagem e de saúde.
Reconheço a importância da experiência ao atendimento direta ao paciente, mas as reais atribuições do cargo deveriam ser mais enfatizadas durante o período de ensino e estágio.
Na prática, o papel do enfermeiro tem sido a de chefiar unidades, revisar medicações controladas, elaborar plano de atividades e escala de plantões, entre outras coisas.
No final do curso, ao realizar o estágio, o aluno é direcionado ao atendimento direto ao paciente, reforçando a idéia que se tem ao ingressar na faculdade e a metodologia nela aplicada, fugindo ainda mais da realidade encontrada no mercado de trabalho.
Tal fato acaba gerando conflito e frustação em alguns profissionais que não se identificam com o papel mais burocrático do enfermeiro, tendo dificuldade em exercer a função, idealizando ter o atendimento direto ao paciente como principal atribuição do cargo. Em estudo realizado, percebe-se que acadêmicos do primeiro semestre, até pela idealização deles mesmo e a da sociedade de qual o papel do enfermeiro, falam em se dedicar 24 horas ao cuidado do próximo, agindo como um anjo da guarda ou um super-herói. Os acadêmicos do quinto semestre também remetem ao caráter humanitário da profissão e ao fato de cuidar do próximo, mas sem a doação total do seu tempo. Já entre os formandos o caráter humanitário, finalidade do curso de Enfermagem, também foi lembrado, mas de forma menos frequente e remetendo ao cuidado mais profissional, atendendo as necessidades do paciente e interligando a outros trabalhos (burocráticos) que também são atribuições do