O que é religião e seita
Apesar deste sentido ser claro, trata-se de uma difícil tarefa identificarmos uma seita, visto que jamais os membros de um grupo religioso admitem ser consideradossectários (separatistas). Comumente eles se julgam os verdadeiros e únicos fiéis e continuadores de uma religião que propõem ser verdadeira.
Podemos claramente observar que há seitas de todas as religiões. Mas não há seitas católicas. Quando surge uma seita entre os católicos, ela é logo expelida pela excomunhão. A unidade santa da Igreja Católica é incompatível com a existência de seitas em seu seio.
As seitas se multiplicam nas épocas de crise na Igreja e, principalmente, quando a força do Papado diminui. Por fraqueza, por covardia ou por omissão, um Papa pode contribuir para o crescimento dos erros e difusão das heresias, e logo, surgimento de seitas. Desta forma, no final da Idade Média, multiplicaram-se os grupos sectários.
Isso ocorre porque a falta de orientação de alguns católicos repercute na insatisfação de suas necessidades e aspirações dentro da Igreja, gerando uma fé subjetiva. É a este povo desorientado que a seita oferece respostas simplificadoras e fáceis. A convicção com que a seita impõe suas idéias (mesmo as mais absurdas) parece, aos olhos do inseguro na fé, um fator de defesa e de segurança doutrinária. Em terra de subjetivistas na fé, quem aparenta ter uma certeza objetiva aparece como dono da verdade. Assim, o aliciamento sectário ocorre mais por entusiasmo do que por razão. Conseqüentemente, levando ao fanatismo e não ao convencimento.
Assim, podemos ver claramente a diferença entre seita e religião. Na religião, o entusiasmo, quando existe, é fruto da pregação