O que é religião - rubem alves
* PERSPECTIVAS
Neste capítulo introdutório, Rubem Alves faz um paralelo com o passado, onde a religião era fundamental à vida das pessoas, e o presente, onde nos vemos em um mundo dito como científico e técnico ausente do mundo ‘’mágico ‘’ da religião.
Afirma que a religião é fruto de um esforço para compreender um sentido para a nossa vida e inicia uma série argumentativa alegando que a religião não acabou neste mundo científico, pelo contrário, ainda persiste, porém com novos rótulos.
Afirma o autor: “E é quando a dor bate à porta e se esgotam os recursos da técnica que nas pessoas acordam os videntes, exorcistas, os mágicos, curadores, benzedores, os sacerdotes, os profetas e poetas, aquele que reza e suplica (...) Persiste a mesma função religiosa, promessas terapêuticas de paz individual, de harmonia íntima, de liberação de angústia, esperanças de ordens sociais, fraternas e justas, de resolução das lutas entre os homens e de harmonia com a natureza, por mais disfarçadas que estejam na marca do jargão psicanalítico/psicológico, ou da linguagem da sociologia, da política, da economia, serão sempre expressões dos problemas individuais e sociais em torno dos quais foram tecidos as teias religiosas.”
Por fim, Rubem Alves nos diz que o estudo da religião é o estudo de nós mesmos. A ciência de Deus é o autoconhecimento.
* OS SÍMBOLOS DA AUSÊNCIA
Dando continuidade a sua busca esclarecedora da religião, Rubem Alves inicia este capítulo descrevendo o mundo da natureza, dos animais, do determinismo. Nos mostra que os animais “nascem sabendo” seu destino e obrigações. Cita vários exemplos de comportamentos instintivos realizados por diversos animais, afirmando que eles aprendem com a natureza, sem mestre, sem história. Cada corpo de cada animal específico produz sempre a mesma coisa, seu funcionamento biológico é programado, perfeito, sem possibilidade de inovações. “A aventura da liberdade