O que é instrumentalidade como podemos pensá-la no serviço social?
As ações dos profissionais são portadoras de instrumentalidade ao passo em que eles utilizam, criam, adéquam às condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades. Portanto, a instrumentalidade é tanto condição necessária de todo trabalho social quanto categoria constitutiva, um modo de ser, de todo trabalho.
Podemos pensar a instrumentalidade no exercício profissional do Assistente Social como uma propriedade que a profissão adquire no interior das relações sociais dentro dos conflitos, desafios e possibilidades inerentes à profissão. Por meio da instrumentalidade torna-se possível que o Assistente Social atenda as demandas e alcance os seus objetivos profissionais e sociais, constituindo uma condição concreta para o reconhecimento social da profissão. Por isso, compreendemos que a instrumentalidade no Serviço Social não é somente o uso de instrumentos necessários ao agir do profissional.
A utilidade social da profissão por meio da instrumentalidade do Serviço Social pode ser pensada em três (03) níveis: projeto burguês; das respostas profissionais e; como mediação. Podemos compreender o primeiro nível quando o Estado se propõe a controlar a ordem social através das políticas sociais para isso solicita um novo agente profissional: o assistente social. Dessa forma a instrumentalidade do Serviço Social face ao projeto burguês, se resume na capacidade que a profissão tem de se tornar um instrumento de manipulação para a manutenção da ordem à serviço da burguesia.
No segundo nível, quanto a instrumentalidade nas respostas