O que é história
Essas podem ser resultados da própria observação do pesquisador, ou resultado de uso de novas técnicas de pesquisa e até mesmo devido à descoberta de novas fontes históricas. Portanto, à medida que empreendemos novas interpretações aos acontecimentos históricos, conceitos podem ser estabelecidos, o que pode também influenciar em novos pontos de vista e até em novas teorias históricas.
Ao escrever ou reescrever a história, faz-se necessário estabelecer recortes espaciais e temporais, com enfoque interdisciplinar, apropriando-se das diversas áreas do conhecimento, as quais devem ganhar imbricações, na explicação das últimas transformações da sociedade. Com o transcorrer do tempo, a sociedade começa a diferenciar-se pelas distintas instâncias temporal-espaciais. Esse processo de mudança assume diferentes ritmos de duração e intensidade. O que não implica estudar fatos históricos que se sucedem no tempo e fenômenos geográficos da superfície da terra de forma isolada, mas de forma totalizante, a partir do estudo da sua formação socioespacial.
Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às mudanças nas sociedades humanas.
O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas.
O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo. Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos. O rock, os hippies, os jovens revolucionários e , no Brasil, o Tropicalismo (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, entre outros) e a Jovem Guarda (Roberto Carlos,