O que é existencialismo
RESENHA CRÍTICA -Nivaldo Mossato
PENHA, João da. O que é existencialismo. São Paulo: Brasiliense, 2004.
João da Penha, tradutor de poetas russos, como Lessiênin e Armátova, colaborou com várias publicações culturais em revistas especializadas, tais como a “Sociologia e Democracia” e “Encontros com a Civilização Brasileira”, abordando temas filosóficos e ensaios sobre filosofia. Escreveu vários livros, alguns ainda inéditos, sobre Sartre, Hegel, Gramsci e outros filósofos, além do “Ensaio sobre filósofos Pré-Socráticos”.
Neste texto, o autor aborda de forma expositiva, não só a história do existencialismo como “um fenômeno do pós-guerra”, como também a origem do termo “existencialismo”, suas correntes de pensamento, em primeiro e segundo plano, e, o defronta finalmente com uma linha “marxista” sob a visão de Sartre, filósofo francês, tido como o maior influenciador do existencialismo.
A transformação pela qual passou a humanidade após a segunda guerra, deixou vastas cicatrizes não só na Europa, eixo central do conflito, como em todo o mundo, originando um descontentamento geral, deixando descréditos em relação à capacidade humana de resolver os problemas sociais da época.
Mergulhada neste contexto, as idéias existencialistas ganharam força e se propagaram rapidamente, não só como uma corrente de pensamento, mas também como um estilo de vida.
Muito criticado pela igreja, que o julgava como uma doutrina que ameaçava os fundamentos da fé cristã, o existencialismo apoiava-se na reflexão de que a existência humana precisava ser considerada em seu aspecto particular, individual e concreto, ou seja, o homem precisava ser visto como um indivíduo único, separado em si mesmo, embora mergulhado na sociedade. Esta individualização do ser humano mostra-se presente na contribuição dos pensadores que filosoficamente antecederam ao existencialismo; Uma contribuição impregnada de eventos intrínsecos, particulares. Uma contribuição que se