O que é dialética - Resumo
Capítulo I: Origens da Dialética
Conceito de dialética apareceu primeiramente na Grécia Antiga pela arte do diálogo. Definia-se dialética como a demonstração de uma tese através de uma argumentação esclarecedora de todos os conceitos envolvidos na discussão. Os fundadores dessa visão primordial do conceito foram os filósofos Zênon e Sócrates.
Na concepção moderna define-se a dialética como o modo de pensar as contradições da realidade tendo em mente que esta é, por essência, contraditória e mutável. Dos pensadores gregos, o que mais se aproxima desta definição seria Heráclito de Efeso, que dizia que a essência de tudo era a mudança e que a estabilidade era uma ilusão. Entretanto, tal visão perturbou muito os gregos, que preferiram seguir a linha de pensamento de Parmênides: a metafísica. Este conceito baseava-se na ideia de que mudanças eram meros fenômenos externos e que o ser é imutável em sua essência. Essa concepção prevaleceu por muito tempo, pois condizia com os desejos da classe dominante da época de manter uma sociedade dividida, estável e com o poder concentrado em poucas mãos.
Dialética só começou a ser recuperada cem anos depois com Aristóteles que, estando numa sociedade impregnada pelo pensamento metafísico, afirmou que tudo tinha a potencialidade de se transformar.
Na Idade Média a dialética ficou completamente às sombras, pois a ideologia dominante da época pautava-se nos interesses do monopólio da Igreja, resultando em relações políticas e sócio-econômicas muito enrijecidas. A dialética foi sendo cada vez mais afastada da filosofia, virando sinônimo de lógica, uma palavra que não era vista como positiva na maioria das vezes pois associava-se a ideia de que ia contra o saber divino.
Nesse período, a dialética sobreviveu graças a alguns poucos filósofos como o árabe Averróes e o francês Abelardo, mas foi somente no século XIV com o desenvolvimento do comércio que a teologia começou a