O que é ciência afinal?
Alan F. Chalmers
Tradução Raul Filker
São Paulo: Brasiliense, 1993
INTRODUÇÃO
O autor inicia o livro elucidando que não há uma cartilha que ensine de forma precisa e exata o que é ciência, como se faz ciência, principalmente aos estudantes iniciantes. A intenção da obra é justamente facilitar o início de estudo científico ao interessado para alcançar resultados meritórios. São consideradas ciências aquilo que realmente se utiliza de métodos esquadrinhados bem como se chega a resultados conclusivos, fora disso não se considera ciência tendo em vista inclusive o império da razão no positivismo, que somente validava aquilo que podia ser justificado e validado na experiência sob o manto da lógica. Questiona as teorias científicas e expõe análises e críticas no decorrer da obra.
INDUTIVISMO – CIÊNCIA COMO CONHECIMENTO DERIVADO DOS DADOS DA EXPERIÊNCIA
Indutivismo Ingênuo A ciência é objetiva e confiável porque o conhecimento nela obtido pode ser provado. A partir dessa premissa, fala sobre o indutivismo ingênuo que é delineado sob o ponto de vista do observador e a partir dele, de condições satisfatórias, se chegar a uma resposta geral. Deve haver um grande número de observações independentes, repetidamente, e que todas as observações não conflitem com a lei universal pretendida. O corpo do conhecimento científico é construído pela indução a partir da base segura fornecida pela observação. Conforme cresce o número de dados estabelecidos pela observação e pelo experimento, e conforme os fatos se tornam mais refinados e esotéricos devido a aperfeiçoamentos em nossas capacidades de observação e experimentação, cada vez mais leis e teorias de maior generalidade e escopo são construídas por raciocínio indutivo cuidadoso. O crescimento da ciência é contínuo, para a frente e para o alto, conforme o fundo de dados de observação aumenta. É uma explicação parcial da ciência. apenas aquelas teorias que podem se revelar verdadeiras ou