O que é arte levemente modificado
Todos sabemos que a Mona Lisa, que a Nona Sinfonia de Beethoven, que a Divina Comédia que Guernica de Picasso ou o Davi de Michelangelo são, indiscutivelmente, obras de arte. Assim, mesmo sem possuirmos uma definição clara e lógica do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como sendo ‘’arte’’. Além disso , a nossa atitude diante a ideia ‘’arte’’ é de admiração.
Arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento é admirativo, isto é: nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de suas atividades e as privilegia.
Para decidir o que é ou não é arte, nossa cultura possui instrumentos específicos. Um deles, essencial, é o discurso sobre o objeto artístico, ao qual reconhecemos competência e autoridade. Esse discurso é o que proferem o crítico, o historiador da arte, o perito, o conservador de museu. São eles que conferem o estatuto de arte a um objeto, também prevê locais específicos onde a arte pode manifestar-se, num museu, numa galeria.
A instauração da arte e os modos de discurso
A hierarquia dos objetos
A própria noção de arte são específicos da nossa cultura, permitindo-nos a manifestação do objeto artístico ou, mais ainda, dão ao objeto o estatuto de arte: a galeria permite que o pintor exponha seus quadros (que manifeste sua arte) e, além disso, determina escolhendo um tipo de objeto dentre os inúmeros que nos rodeiam, que ele seja ‘’artístico’’. Mas esses instrumentos não se limitam a traçar uma linha divisória separando os objetos artísticos e os não artísticos; não se contentam em criar uma ‘’reserva’’ de arte.
A crítica, tem o poder tem atribuir o estatuto de arte a um objeto e classificar numa ordem de excelências, segundo critérios próprios.
A obra-prima, no passado, era julgada a partir de critérios precisos de fabricação, por artesãos que dominavam perfeitamente as técnicas necessárias. Hoje, os