O que é, afinal, estudos culturais
E um dos pontos chaves dos estudos sobre culturas é a mudança do conceito da própria cultura, onde antigamente era visto como o mais belo e produzido por alguém ou alguma sociedade e numa visão moderna é aceito o conceito de cultura como o produto de diversas práticas sociais. Então dentre as muitas coisas que o livro nos ensina, ele nos ensina a respeitar as diferenças e a não hierarquizar as culturas.
O primeiro ensaio “O que é, afinal, Estudos Culturais”, também dá nome ao livro, escrito por Richard Johnson. Esse ensaio, o mais denso de todo o livro, aduz sobre a evolução dos Estudos Culturais, vendo-o como um movimento ou uma rede, tem como uma de suas mais fortes raízes os estudos da crítica literária, mas estabelece fortes relações com a Sociologia, a História, a Comunicação, entre outras.
O autor define ponto fundamental para a realização dos Estudos Culturais a crítica, que em virtude da sua abertura e versatilidade teórica, “apropria-se dos elementos mais úteis, rejeitando o resto” (p. 10). E é justamente a crítica feita ao marxismo que o autor descreve como uma das características mais forte dos Estudos Culturais.
É dedica grande atenção a criação de estratégias para uma definição, além da própria definição do que seria os Estudos Culturais, embora o autor conclua dizendo quem não seria vantajoso uma definição única. O autor segue explorando todos os fatores que influem no projeto, e realização, dos Estudos Culturais como a questão da abstração e subjetividade, as teorias, publicações, as formas de cultura, nesse ponto é salientada a importância da pesquisa de campo para os Estudos Culturais.
Ponto que merece especial atenção é quando o autor analisa as