O que você faria com us$ 10.500,00
A história
Tudo começou com Sebastião Bonfim Filho, um jovem de 28 anos e herdeiro de um varejista de tecido de Caratinga, interior de Minas Gerais, que tinha uma idéia na cabeça e apenas US$ 10.500 no bolso. Era início dos anos 80, consolidava-se nos Estados Unidos o interesse pela forma física e culto ao corpo e à saúde, e praticantes de running literalmente invadiam ruas e parques. Impressionado com o que viu no exterior, ele decidiu abrir uma loja de roupas e materiais esportivos, em abril de 1981, na vizinhança da badalada região da Savassi, em Belo Horizonte. A oferta de camisetas, calções, abrigos de moleton e tênis atraiu primeiro seus amigos, mas rapidamente a clientela cresceu. O jovem empreendedor escolheu o nome CENTAURO para seu novo negócio porque a criatura com corpo de cavalo e torso de homem tinha tudo a ver com o esporte. Soube depois que, na mitologia, os centauros eram monstros cruéis, mas não recuou e manteve o nome de sua loja. Com apenas quatro funcionários, a pequena loja já nasceu com propostas de trabalho muito bem definidas. Alta qualidade no atendimento, lançamento de produtos de vanguarda e padrão inovador nas instalações caracterizavam o empreendimento.
Mas o começo não foi fácil. No aprendizado sobre estoques o jovem empresário quase quebrou. Foi em 1982. Como o inverno do ano anterior havia sido rigoroso, o empresário entupiu seu depósito de agasalhos esportivos da Adidas. Só que o frio não veio. Com as duplicatas vencendo, ele chamou uma costureira e lhe pediu que cortasse as mangas de seis agasalhos. No dia seguinte, vendeu todas. Repetiu a dose com todas as peças. Em poucas semanas, liquidou o estoque de mil agasalhos. Ao saber do fato, um diretor da Adidas visitou a loja. “Gastamos milhares de