O QUE VIRÁ APÓS O SEIS SIGMA?
Søren Bisgaard e Jeroen de Mast
O Seis Sigma é apenas um modismo que está em seu fim? Se você está neste ramo há bastante tempo para ter conhecido o zero defeitos e a abordagem qualidade é de graça de Philip Crosby, o Gerenciamento Total da Qualidade (TQM - Total Quality Management) de Armand Feigenbaum, a trilogia de Joseph Juran, os 14 pontos de W. Edwards Deming, o TQM japonês, os círculos da qualidade, os métodos de Taguchi, kaizen, ISO 9000, os critérios Baldrige e agora o Seis Sigma, sem contar a reengenharia, o poka yoke e o Lean1, parece adequado perguntar o que está por vir.
Os cínicos, obviamente, já começaram a perguntar com alegria se o próximo será chamado de Sete Sigma. Outros esperam que tudo desapareça. Esperar que o gerenciamento da qualidade desapareça é pura ilusão. Seria como pensar que uma vez que você limpou sua casa você nunca precisaria limpá-la novamente. Lidar com companhias aéreas e fazer compras via internet nos lembra que ainda temos que percorrer um longo caminho para alcançar a qualidade.
Dessa forma, se os problemas da qualidade continuarão a exigir atenção contínua, o que virá após o Seis Sigma? A resposta curta é: rótulos podem ir e vir, mas continuará a existir uma abordagem científica para resolução de problemas. De fato, a história sustenta esta asserção. Se voltarmos à época de Walter Shewhart, o princípio fundamental que ele promoveu foi o uso de uma abordagem científica sistemática para lidar com problemas de variabilidade que causavam defeitos caros e problemas da qualidade. Esta idéia resistiu às inúmeras encarnações do gerenciamento da qualidade. Nós prevemos que uma abordagem científica para a resolução de problemas continuará a ser a base de nossa profissão.
Um processo evolutivo
Ao voltarmos no tempo, há 70 ou 80 anos, observamos uma evolução lenta de nosso entendimento de como mobilizar efetivamente a energia de uma organização para resolver os problemas da qualidade. A evolução