O Que Se Ensina Sobre Socialismo nas Escolas
É comum ouvir de políticos e ativistas que a “educação pode mudar o mundo”. Segundo eles, o futuro da sociedade não estaria na conscientização para a luta, mas na “educação”. Sem dúvida ela tem um grande papel social, mas o problema reside em quem educa os educadores? Quem elabora os currículos e os livros didáticos? É sabido que a definição dos currículos escolares é obra do ministério e das secretarias de educação – instituições controladas pela burguesia e pelo Banco Mundial. A “educação”, portanto, é mera reprodutora da lógica do sistema. A pedagogia capitalista não tem um planejamento central, compartilhada por toda a sociedade, mas apenas técnicas isoladas, que visam “formar mão de obra qualificada para um mercado cada vez mais competitivo”. O resultado é o caos: ocorre a todo instante conflito das técnicas pedagógicas entre os professores, os pais, a direção, a escola e de todos com a sociedade. Em linhas gerais, poderíamos dizer que quem educa realmente é a grande mídia.
Por tudo isso, a escola pública capitalista não pode desenvolver novas relações humanas, mais harmoniosas, menos competitivas; pelo contrário, seu objetivo é preservar a velha ordem das coisas: naturalizar a exploração de classe, incentivando objetivos individuais, como a ganância, a competição, a exclusão, a “estudar para não trabalhar”, o que, por conseguinte, desestimula o trabalho intelectual e manual. Em razão da política econômica capitalista de cortes de verbas, podemos dizer que a escola pública está parada no século 19, com giz, quadro negro e mapa bidimensional. As ordens do Banco Mundial e do FMI são de cortes de gastos públicos para tentar conter a crise. A declaração do deputado Osmar Serraglio (PMDB), apoiador de Dilma e do seu corte de R$60 bilhões no orçamento, ilustra bem como o capitalismo trata a educação pública: “Os cortes são pedagógicos