O que há em mim é sobretudo cansaço
Este poema tem 4 estrofes, o número de versos ao longo das estrofes varia, apresenta liberdade métrica e os versos são brancos.
O poema pode ser dividido em quatro partes lógicas (correspondentes às quatro estrofes).
Na primeira estrofe, o sujeito poético refere que se sente cansado com o que o rodeia, sem alguma razão específica.
Na segunda estrofe, o “eu poético” indica as razões do seu cansaço.
Na terceira parte do poema, o sujeito poético compara-se àqueles que não sentem tédio face à realidade em que vivem, com um tom irónico, pois ele não se revê em nenhum destes ideais.
A quarta estrofe do poema funciona como uma espécie de conclusão. O poeta não se identifica com aqueles que vivem ambicionando a concretização dos seus sonhos, pois para ele o facto de não ser compreendido e de não atingir os seus desejos desmedidos traduz-se num imenso cansaço (últimos 3 versos).
As figuras de estilo presentes são a repetição (utilização frequente da palavra “cansaço” para transmitir esse sentimento ao leitor), a anáfora (vv.9 e 10) (vv.14 a 16), (vv.18 a 20) e (vv.23 a 25), a hipérbole (“supremíssimo”, que mostra o exagero) e a antítese (“infinitamente o finito” (v.18), “impossivelmente o possível” (v.19); “média entre tudo e nada” (v.25) – mostra o contraste entre as ideias), a presença da interjeição de alegria “ah” (v.27).
Respostas ao Questionário
1-Este cansaço não tem uma origem definida, nenhuma razão específica, é um cansaço mental e interminável.
2- Os outros vivem segundo os seus sonhos ou desejos, mantendo uma tranquilidade nas suas vidas. Pelo contrário, o sujeito poético só se satisfaz com sensações desmedidas. Daí o seu imenso cansaço, a sua infelicidade.
2.1- “Porque eu amo