O que era “O voto do cabresto”, como isso se relaciona na política no Brasil.
No inicio do período republicano no Brasil (final do século XIX e começo do XX), vigorou um sistema conhecido popularmente como coronelismo. Esse nome foi dado pois a política era controlada e comandada pelos coronéis (ricos fazendeiros). Na chamada República Velha, o sistema eleitoral era frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens materiais (pares de sapatos, óculos, alimentos etc.). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam seus capangas para os locais de votação, com o objetivo de intimidar os eleitores e amarrar o voto. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais. Os coronéis costumavam alterar os votos, sumindo com urnas e até mesmo patrocinando a prática do voto fantasma. Este último consistia na falsificação de documentos para que pessoas pudessem votar várias vezes ou utilizar o nome de falecidos nas votações.
Com a Revolução de 1930 e a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, a situação mudaria lentamente. Em 1932 entra em vigor o primeiro Código Eleitoral do Brasil, que garante o voto secreto, medida fundamental para o início de uma maior correção nas eleições. Por outro lado, o fator social iria influenciar também, pois, a população rural iria gradualmente mudar do campo para as cidades, enfraquecendo assim, naturalmente, o poder do coronel. Com a instalação do sistema de voto por meio da urna eletrônica, em 1996, as chances de fraude foram consideravelmente