O pólen como indicador de origem botânica em mel
O pólen como indicador de origem botânica em mel
1. Introdução
Os grãos de pólen são fundamentais para a reprodução sexuada das plantas, são gametófitos masculinos situados nas anteras das flores, que ao serem transportados para o estigma (receptor feminino) por agentes bióticos ou abióticos participam do evento da polinização, tendo como resultado a fecundação da flor para a formação de frutos, fortalecendo a propagação e riqueza genética de espécies. Existem casos de autopolinização em algumas espécies de angiospermas, ou seja, a flor é fecundada por seu próprio pólen; porém, na maioria das plantas existem mecanismos nas flores que impedem que elas sejam fecundadas pelo pólen produzido em suas anteras, o que assegura uma maior variabilidade genética da espécie, pois há troca de genes com outros indivíduos. Apesar disso, existem indivíduos de algumas espécies não apresentam esses mecanismos, e para esses casos a autofecundação pode não só não ser prejudicial, como pode ser uma das únicas estratégias que permite à espécie se manter e propagar (RAVEN; EVERT; EICHORN, 2001).
A importância da polinização na economia tem sido um assunto muito discutido, pois estamos enfrentando um colapso em relação a um dos maiores polinizadores, as abelhas. A morte de milhões de abelhas pelo mundo por fatores ambientais, aparecimento de novos predadores e agrotóxicos tem causado perdas significativas nos diversos setores da economia mundial, visto que os frutos e os produtos apícolas geram grande rotatividade financeira (ANJOS; ANTUNES, 2010).
O pólen é tão importante para nós e para as plantas quanto para as abelhas, que o utilizam como principal fonte de proteínas. Sem este componente a colmeia se perde em poucos dias por insuficiência alimentar. O pólen é componente fundamental na produção de geléia real, necessária para a alimentação das larvas (até o