O PSICOPATA E O PEÃO
Esquete, comédia... Banco de praça...
Um Peão e um Rapaz se encontram numa praça... Ao mesmo tempo que é criado um clima de comédia, há uma situação de medo.
Finaliza com um testemunho de mudança de vida...
(Em um banco de praça, um rapaz olhando para frente, sem expressão no rosto. Chega um fazendeiro)
PEÃO: (Senta no banco e aos poucos repara o rapaz e puxa conversa) Bão dia!
RAPAZ: (Imóvel, mexe apenas os olhos. Olha de lado e volta-os para frente. Em 2 movimentos)
PEÃO: Ocê é uma istátua de cera ou de madêra? (Ri engraçado)
(O rapaz faz o mesmo movimento com os olhos)
PEÃO: Dia bunito! Cê num acha?
RAPAZ: Acho. Tá bonito mesmo.
PEÃO: Óia! A istátua falou! (Ri) Rapaiz, vendu esse dia, percebo o tantu que a vida é linda. Dispôis qui eu morrê, se tive reencarnação, eu quero vortá como uma pulga!
Rapaz: Pulga? Por quê pulga?
PEÃO: Pra num precisá andá, nem trabaiá. É iguar patrão, num faiz nada, só fica inrriba dus ôtro! E ainda morri de barriga cheia. (Os dois acham graça)
RAPAZ: É verdade.
PEÃO: Pra onde ocê ta indo?
RAPAZ: Não sei ainda. Não tenho pra onde ir...
PEÃO: Ah... entendu... A muié deve di tê colocado ocê pra fora di casa. Ocê tem sorte, meu sonho é a Cremilda fazê isso cumigo... (ri)
(O peão olha uma folha de jornal no chão e a pega. Essa folha pode ser de verdade ou fictícia)
PEÃO: Credo! Óia a manchete desse pedaço di jornal! “Psicopata sôrto na cidade. Já mato 10 pessoas cum uma faca vermêia...”
(O rapaz tira do bolso uma faca vermelha, o peão percebe e olha atônito. Disfarça e continua a ler)
PEÃO: “Suas vítimas são homens. E todos os mortos eram casados.” (Olha para sua aliança, olha para o rapaz e recebe um sorriso, que o retribuiu amarelamente) Vixe! (a parte) Tô lascado! (continua a ler) “Caso o encontre, nunca corra. Pois o assassino é ágil e persegue suas vítimas. O psicopata tem uma mania de coçar sua cabeça com a faca, quando está prestes a matar alguém.”