O príncipe - maquiavel
O Príncipe de Maquiavel é dirigido a um Príncipe que esteja governando um Estado, e o aconselha sobre como manter seu governo da forma mais eficiente possível. Essa eficiência é a ciência política de Maquiavel. A presente obra é um livro de orientação prática de algumas ações políticas que o Príncipe deve fazer para conquistar e se manter no poder. Apresenta dois tipos de principados o hereditário e o adquirido, e aponta quais são as duas formas de como o governante chega ao poder uma pela virtude e outra pela fortuna.
Maquiavel fala que a dificuldade de se manter um Estado novo é maior do que a de se manter um Estado hereditário, pois quanto a este último, o povo já está acostumado com a soberania de uma família, de uma linhagem. Se um Príncipe conquista determinado Estado e tenta mudar seus costumes, corre o risco de o povo revoltar-se contra ele, o que pode gerar conspirações apoiadas pela grande massa o povo. Deste modo, o Príncipe respeitando a cultura local, se manterá no poder; a menos que, como diz Maquiavel, uma força excepcional o derrube, porém, se tal fato ocorrer, poderá reconquistá-lo na primeira oportunidade oferecida pelo usurpador. Maquiavel ainda fala que na medida em que o soberano não ofende seus súditos e não mostra motivos para o povo odiá-lo, estes o quererão bem. Quando o povo vive do seu modo, com seus costumes e sendo respeitado pelo monarca, este se acomoda de tal forma que as lembranças, os desejos de mudanças vão sendo postos em esquecimento. O povo tem sempre o desejo de mudança, desejo de melhoria; as pessoas, segundo Maquiavel, mudam com grande facilidade de governantes esperando tal mudança, que, no pensar de Maquiavel, é sempre para pior.
Também na visão de Maquiavel, governo civil é governo em que o cidadão se torna soberano pelo favor de seus concidadãos.
É examinada a situação do Príncipe, se este, em caso de ataque, pode reunir um exército suficiente, e defender-se; ou se não,