O Príncipe - Maquiavel
Em sua obra, Maquiavel explica que para que haja a manutenção do poder e o equilíbrio do Estado é necessário ter boas leis e um bom exército, mas já que nem sempre as leis funcionam, faz-se necessária a utilização da força por meio do exército. Assim, o soberano deve fazer uso de sua força e até praticar o mal se for preciso, pois os fins são justificados pelos meios, e que apesar do que denota sua imagem pública, não é vantajoso para ele ter tantas qualidades quanto demonstra. Explica que os ataques ao povo dever ser feitos de uma só vez e as boas ações em partes, para que sejam contabilizadas mais vantagens. Afirma que é importante não desarmar o povo, pois quanto mais confiantes ele estiver, mais leal ele será.
Ele diz que o príncipe deve ser um perito na arte da guerra e mesmo nos tempos de paz, deve manter-se focado nela para não ser pego desprevenido. Explica também que quando se domina um Estado há três formas de agir: devastá-lo, habitá-lo ou deixá-lo permanecer como está, porém cobrando tributos e tendo um comando de segurança para geri-lo. Deverá contar com favores dos cidadãos locais para dominá-los, obter ajuda dos privilegiados e contar com outras pessoas para as ações penosas, para que assim, não cultive o ódio das pessoas, cuidando pessoalmente apenas das tarefas que trarão benefício, associando sua imagem ao bem.
É necessário que sua imagem pública seja intocável para que, na ocorrência de intrigas o povo as considerará mentiras e acreditará em seu soberano. Deve contar com seus servos, cidadãos e súditos para compor seu exército e mantê-los constantemente treinados para lutarem a qualquer momento que seja necessário. Deve-se evitar ao máximo a contratação de tropas marcenarias, por sua ambição, deslealdade e desunião bem como pedir auxílio a outros principados, visto que, sua lealdade pertence a outro soberano.
Há que se estar preparado para a guerra dentro ou fora de suas fronteiras e confiar apenas em si