O Príncipe, de Maquiavel
Um mestre da arte da política
Maquiavel oferece ao governante alguns conselhos como evitar grandes vícios, pois isso bastaria para não ser odiado, pelo menos parecer honesto. Na guerra quando conquistar não alterar as velhas leis e os impostos. Não se concentrar apenas nos distúrbios presentes, mas também nos futuros, pois isso é próprio do homem prudente. ilustres, e que eles se comportem como os arqueiros, quando o alvo é demasiado distante, miram no alto para atingir a meta.
Ele nos lembra que os profetas armados vencem, ao contrário dos desarmados, Muito interessante e moderna a teoria de Maquiavel de que quem permite que o poder da igreja cresça tanto na esfera temporal não entende de questões do Estado. Ele conclui que quem cria o poder de outros se arruína. Vemos esse exemplo na Alemanha nazista onde Von Papen e o partido católico Zentrum, e a própria igreja católica fazendo a concordata com Hitler abriram o caminho para a ruína moral e espiritual da Alemanha.
Na Rússia os exemplos são Kamenev e Zinoviev, que se aliaram a Stalin contra Trotski, ajudando assim a Stalin a conseguir o poder absoluto, e acabaram fuzilados por ele.
Maquiavel é excelente quando fala como o homem prudente deve ter como exemplo homens que se arruínam. Talvez isso possa se aplicar à história da igreja, porque ela dependeu da espada de Constantino, Carlos Martel , Carlos Magno e dos príncipes e reis da Idade Média para se defender do ataque dos pagãos, muçulmanos e heréticos como os cátaros.
Maquiavel fala sobre a crueldade que se faz de uma só vez por segurança; mas que depois não se deve perseverar nela. O problema é a maldade que começa pequena e com o tempo aumenta ao invés de se extinguir. O exemplo da inquisição é válido. No princípio criada para combater a heresia cátara, que sem dúvida era uma ameaça à civilização, a inquisição com o passar do tempo fugiu muitas vezes ao controle da igreja e sua crueldade