O príncipe", de maquiavel - resumo do primeiro capítulos do livro "clássicos da política
Maquiavel
Nicolau Maquiavel foi um importante historiador, diplomata, filósofo, estadista e político italiano da época do Renascimento. Nasceu na cidade de Florença em 1469 e foi o responsável por inaugurar a ciência política. Tal atribuição se deve ao fato de suas ideias caminharem sobre uma perspectiva realista, aproximando-as dos ditames da ciência.
O grande objeto de estudo de Maquiavel é o Estado: não o melhor e, até mesmo, utópico, porém o possível, o real, capaz de manter a ordem. Os gregos pensam a política a partir da Ética, baseados nos ensinamentos de Platão e Aristóteles, opinião não compartilhada por Maquiavel, que segue a trilha dos historiadores antigos como Tácito, Políbio, Tucídides e Tito Lívio. Não que ele não valorizasse a Ética, contudo sua intenção primeira é identificar que existe uma separação entre Ética e Política, com espaços distintos para cada uma delas.
Publicada em 1514, sua obra “O Príncipe” vem a ser um manual político que dialoga com a história. Resgata a história de Roma por meio dos erros e acertos dos imperadores. Mal recebida na época, aponta para algo que acontece na política até os dias atuais: uma fotografia da psiquê humana, que “desmascara” o comportamento de muitos dirigentes. Sempre fora acusado de defender determinadas ideias e conceitos, porém apenas os identificava, sendo que os mais importantes foram:
- como chegar ao poder;
- como permanecer no poder (da forma mais eficiente possível)
Seu ponto de partida e de chegada é a realidade concreta. Dá ênfase à verdade efetiva das coisas, que adota como sua regra metodológica: ver e examinar a realidade como ela é e não como gostaria que ela fosse. Assim, seu objetivo é saber como fazer reinar a ordem e instaurar um Estado estável, ou seja, descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos.
Estabelece que a ordem não é natural, deve ser