O projeto ético político profissional trinta anos depois: sentido e desafios
IVANETE, Boshetti. Trabalho, Direitos e Projeto ético Profissional. In Revista Inscrita n. 11. Brasília, Ed. CFESS, 2009.
O serviço social no Brasil conquistou importantes avanços, onde a redemocratização da sociedade brasileira embasa as ações profissionais. O “Congresso da Virada” em 1979 marcou a história dos profissionais de serviço social no Brasil, este congresso possibilitou a construção projeto político profissional. Neste mesmo contexto o projeto ético-político profissional possibilitou uma renovação do serviço social brasileiro entre as décadas de 1970 e 1980, fazendo com que houvesse um envolvimento e uma atenção voltada aos amplos seguimentos sociais, neste incluídos os assistentes sociais.
Quando se fala em projeto profissional dentro do âmbito do serviço social, é importante entender que sua construção deu-se no contexto histórico de transição dos anos 1970 aos 1980, num processo que primava à redemocratização da sociedade brasileira, e repudiava o conservadorismo profissional presente no Serviço Social brasileiro. Porém somente na década de 1990 teve seu amadurecimento, neste período houve profundas transformações societárias.
O congresso da virada e os discursos gerados no evento possibilitou uma abertura holística da profissão de assistente social e o impacto social positivo que os profissionais causaram na sociedade, possibilitou associar um projeto profissional à um projeto societário, ou seja, uma adequação do profissional aos anseios de uma sociedade em constante modificação rompendo a visão e a atuação conservadora da população naquele contexto histórico.
É importante compreendermos que o projeto ético-político do serviço social tem a finalidade de indicar a direção e nortear as ações que uma sociedade ou uma determinada categoria devem construís a fim de possam materializar o que se idealizou. Daí a necessidade da diferenciação de projetos societários dos