O projeto do renascimento
O Renascimento surge da necessidade encontrada por um grupo de estudiosos inovadores denominados humanistas, interessados em retomar formas da antiguidade clássica grega e latina, em busca de uma linguagem universal que passa a ser denominado studia humanitatis ou humanismo. Este movimento cultural ocorrido no campo da literatura e artes plásticas se dá em meados do século XIV e vai até o final do século XVI nas cidades-estados italianas expandindo-se para o resto da Europa através da corte e de ordens religiosas estendendo-se ao novo mundo onde seus ideais perduraram até o século XVIII com sua proposta inicial de “trazer luz às trevas”, ou seja, resgatar o conhecimento obscurecido pelos acontecimentos na Idade Média, o que pode ser observado mais facilmente no campo das artes visuais, onde encontramos uma maior harmonização das proporções do corpo humano, que na tradição medieval.
Francisco Petrarca foi o primeiro a confrontar a ideia de trevas e luz presente no período medieval cristão pelo esplendor cultural do passado clássico. Na primeira metade do século XIV, Giovanni Boccaccio, discípulo de Petrarca, demonstra a evolução da pintura através da capacidade de Giotto em imitar a natureza humana fazendo os homens acreditarem que o que pintava era real, “devolvido à luz esta arte que, por muitos séculos, estivera sepultada sob os erros de alguns que pintavam mais para distrair os olhos dos ignorantes do que o intelecto dos sábios”. Este elogio de Boccaccio ao naturalismo de Giotto demonstra um maior interesse das pessoas pela pintura que buscava uma maior proximidade com a natureza humana através do contraste com a espacialidade, volume e sentimentos presentes na arte antiga, que admiração causada pelo ouro e pedras preciosas da arte bizantina que tinha como características linhas mais rígidas.
O Renascimento tem como conceito principal a