O Processo produtivo do Etanol: Gestão das questões ambientais
Resumo:
Palavras-chave:
1. Introdução
A transformação da cana-de-açúcar em álcool é feita pelas usinas. É um trabalho conjunto entre as áreas agrícolas e industriais e começa com a escolha das variedades de cana plantadas. Busca-se, assim, maiores teores de açúcar nas variedades. Quanto maior a quantidade de açúcar, melhor será o álcool. A cana é pesada assim que chega na usina. Essa pesagem permite o controle agrícola, o pagamento do transporte e também a medida da sacarose, com a qual se define o pagamento. Após esse processo são retiradas as impurezas (terra e areia).
A cana-de-açúcar colhida manualmente segue para os picadores e desfibriladores, que preparam os caules para a moagem, aumentando o rendimento do caldo. No caso da cana colhida mecanicamente, o produto já vem picado. De um lado, sai o caldo, de outro, o bagaço. Cada tonelada de cana processada gera entre 240 e 280 kg de bagaço. Esse bagaço também é reaproveitado e segue para as caldeiras, para produzir vapor que aciona as turbinas, gerando auto-suficiência de energia. O excedente de energia pode ser vendido para outras usinas.
O caldo extraído recebe um tratamento químico e é, então, purificado por várias técnicas de filtração para formar o mosto. O mosto fica em fermentação nas dornas durante um tempo, que varia de 4 a 12 horas. Nessa fase, os açúcares são transformados em álcool. Ao terminar a fermentação, a mistura recebe o nome de vinho fermentado. O álcool deste vinho é recuperado pela destilação. A operação é realizada em colunas, onde são feitas as destilações propriamente ditas, e a retificação, que dá origem ao álcool hidratado (teor de 96 GL = Gay Lussac). Este álcool hidratado pode ser comercializado assim ou, ainda, passar por um processo de desidratação, para gerar o álcool anidro (aproximadamente 99,3 GL).
Uma vez prontos, os alcoóis são armazenados em tanques aguardando sua comercialização.
Impactos