O Processo Nero
Na obra “O Processo Nero”, Pierre Grimal descreve como via este imperador através de diversas cartas encontradas por Hermógenes.
Para o autor, Nero era visto com grande poder apesar da tragédia que foi a sua vida.
Caracteriza Nero, como uma figura mundialmente importante, sendo desejado pela sua mãe Agripina e afirma ainda que foi “um conquistador feliz”.
Numa primeira carta, a Domícia sua tia, é possível retratar Nero como um pouco “ciumento”, pois este afirma que tinha ciúmes de Páris por ser tão belo na dança.
Enquanto criança, Lúcio Aenobarbo era uma criança susceptível, de espírito vivo com uma essência de alegria e uma vontade de querer ser sempre o centro das atenções.
Através de Pierre, retratamos Nero como um artista, um grande amante de música e de poesia que sonha um dia poder cantar em público para que todos o ouçam e para que o admirem, como refere numa carta sua com apenas 7 anos de idade “Mais do que tudo, gosto da música que o acompanha quando dança. Ela dá a prolongar-se no tempo e não se converta em passado e se perco. Parece-me que ninguém jamais se aborreceria se tudo o que se faz se fizesse com música. Eu queria que houvesse música em todo o lado, todos os dias, desde a manhã até à noite. Quando tiver uma casa minha, será assim. (…) Cantarei em público e admirar-me-ão.”
Admira ainda todo o tipo de espectáculos, com preferência para a tragédia e a dança.
Era visto com grande carinho, por ser uma viva recordação de Germânico e pertencer ao verdadeiro sangue de Augusto, sendo aclamado por todos.
Nero era um imperador com grandes atitudes, e sabia apresentar grande pose que o fizesse parecer mais velho, como aconteceu nos Jogos Seculares.
Grimal descreve-nos Nero como ambicioso, tendo o gosto pela vitória, o gosto pela