O processo de modernização na apa do curiaú
Roberto Junior de Almeida Campos
Acadêmico do curso de Geografia da UNIFAP.
Bolsista de iniciação científica financiado. robertojr1989@hotmail.com Roni Mayer Lomba
Professor Doutor do curso de Geografia da UNIFAP.
Orientador.
ronimayer@hotmail.com
INTRODUÇÃO
A comunidade quilombola Curiaú está localizada as proximidades da cidade de Macapá, distante cerca de 10 km do centro comercial da capital. Devido ao intenso processo de urbanização e crescimento da cidade, tais fatores tem pressionado a comunidade em termos de ocupação de seu território. O quilombo tem uma área aproximada de 6.500 ha sendo composta por Curiaú de Fora e Curiaú e Dentro, se insere dentro da APA do rio Curiaú que tem uma extensão de 23.000 ha abarcando as comunidades do Curralinho, Casa grande e Mocambo. A comunidade quilombola do Curiaú possui elementos que no trabalho são compreendidas como tradicionalmente históricas percebidas no seu modo de vida e na relação que mantém com os elementos da natureza, num processo compreendido pela modernização das relações sociais. Observa-se um embate constante ao se discutir tal tema, na qual as discordâncias ocorrem entre a preservação das relações sociais antigas e a introdução de novos elementos, entendidos como novas ou modernas relações sociais. Porém busca-se fugir da relação empobrecida e dicotômica entre tradicional versus moderno, tal visão dualista é criticada por MARTIZ (2011), ao afirmar que na América Latina ainda é confundido, por alguns o tema do moderno em oposição ao tradicional, num curioso reavivamento das concepções dualista dos anos cinqüenta e sessenta, por isso se deve ter a noção que as comunidades ditas tradicionais têm a capacidade de dialogar com os outros, sem necessariamente levá-lo ao isolamento, ou seja, quando se discuti a modernidade de maneira dicotômica tem-se a sensação de que o passado, parte do processo histórico, não pertence ao ritmo do