o processo de julgamento de Jesus
Segundo o Evangelho de Mateus, nos capítulos 26 e 27, Jesus foi preso e julgado pelas autoridades romanas. Esse é o julgamento de maior repercussão em toda a história humana. As personagens que compuseram esse episódio jurídico foram Jesus (réu), as testemunhas e os julgadores. A acusação principal era de que o réu perturbava a ordem publica e blasfemara se dizendo ser o filho de Deus.
As principais fases do processo foram: sob a presidência de Caifás, o Sinédrio reúne para elencar as testemunhas e provas incriminatórias de Jesus, interrogatório de Jesus, no qual foi levado a presença de Pilatos para ser julgado. Segundo Mt 27,24, esse lavou as mãos, escusando de qualquer responsabilidade
Pilatos teve que enfrentar uma dualidade: por um lado, o desprezo pelo povo judeu levava-o a assumir uma posição de rejeição das acusações que faziam a Jesus; por outro lado, a presença de um agitador o incomodava e ameaçava o poder romano.
Segundo os especialistas em direito, o julgamento de Jesus contém alguns equívocos em relação às duas legislações as quais podiam ser observadas, seja a romana como a hebraica: Jesus não podia ter sido levado a Pilatos, pois era competência e dever do Sinédrio ouvir o réu e julgá-lo; Jesus foi julgado à noite. Isso contrariava a prescrição jurídica vigente; houve conflitos de juízes no mesmo processo, além dos que assumiram tais funções não terem tais competências judiciais para tal. Acresce-se a isso ainda o fato de o direito hebraico proibia a sentencia de morte (mandamentos de Deus dados a Moisés).
Embora Jesus sendo judeu foi julgado pelos romanos segundo as prescrições romanas. Para o juristas Freitas Palmas, a legislação romana exigia uma fundamentação legal para a condenação e a crucificação (Lex Julia Maiestatis do ano 8 A.C.)Essa lei previa a condenação à morte de qualquer individuo que insurgisse contra Roma ou a figura do imperador. O poder judiciário faz uso dessa