O processo de gramaticalização
O processo da gramaticalização
6.1 Conceituação e limites
Heine et alii (1991b) apresentam um histórico da pesquisa na área da
“gramaticalização”.
Século X:
China
Os escritores chineses faziam distinção entre símbolos lingüísticos „cheios‟ e
„vazios‟.
Zhou Bo-qi (Yuan dynasty, A.D. 12711368) afirmava que todo símbolo vazio tinha sido, anteriormente, um símbolo cheio (ABRAÇADO, 2006).
Século XVIII:
França:
Rousseau
Condillac (1746) – filósofo
Explicou as desinências pessoais do verbo pela aglutinação de pronomes pessoais, e afirmou que o tempo verbal vem da coalescência (junção) de um advérbio temporal com o tema verbal.
Século XVIII:
Inglaterra:
Tooke (1786)
Afirma que as proposições derivam de nomes e verbos.
Século XIX:
Alemanha:
Bopp
Schlegel
Gabelenz
Século XIX:
Alemanha:
Rumboldt (1822): predecessor de Meillet
Publicação: “Sobre a gênese das formas gramaticais e a influência dessas formas na evolução das idéias”. Sugere que a estrutura gramatical das línguas humanas foi precedida por um estágio evolucionário da língua no qual só as idéias concretas poderiam ser expressas.
Século XIX:
Estados Unidos:
Whitney
Século XX:
França:
Meillet (1912; 1948): introduziu o termo gramaticalização, definindo-o como “a atribuição de um caráter gramatical a uma palavra anteriormente autônoma”, observando que, em todos os casos em que se podia conhecer a fonte primeira de uma forma gramatical, essa fonte era uma palavra lexical, e que a transição era sempre uma espécie de continuum.
Lehmann (1982) faz remontar ao filósofo francês Condillac a idéia de que unidades gramaticais vêm de lexemas e afixos vêm de formas livres. Lehmann (1982) referese, ainda, a Tooke.
Hopper & Traugott (1993) destacam:
ninguém antes de Meillet chegou tão longe em suas conclusões sobre o processo de gramaticalização do que
Humboldt;
quanto ao