O processo de desumanização e coisificação do outro
Tal pensamento serve como pano de fundo para justificar e tentar explicar como nós - imbuídos nesse verdadeiro caos de insegurança e insensatez – criamos mecanismos de desumanização e coisificação. Talvez esta imagem não seja o melhor cenário para ilustrar, mas quantos vieses criamos diariamente a fim de não nos horrorizarmos com nossa mais nova carnificina diária? Quem de nós não generaliza ou ao menos nunca fez a menção frente aos estereótipos criados nas ruas como “todo favelado é bandido” e “ a polícia é toda corrupta” , pra ficarmos em exemplos no mínimo simplistas?
A sociedade – um termo bonito pra não dizer simplesmente “nós” – tem se endurecido mais e mais. Tratamos nossa juventude como imberbes e fúteis, fechamos os olhos pra mazelas, nos acostumamos com barulho de tiros, com o uso de drogas por todas as partes e ainda nos glorificamos com o mais que famoso “jeitinho brasileiro” de se resolver tudo com toda a sorte de ilegalidades e propinas e conversas e indicações de amigos e Q.I. (quem indica) e por aí vai...
Sinceramente, temos de repensar nossas relações e nossa forma de nos comportarmos em relação ao todo, do contrário não haverá futuro, e o presente – se é que ele existe – estará fadado ao