O processo de construção da memória da revolução farroupilha eduardo sheidt
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O processo de construção da memória da Revolução FarroupilhaEduardo Sheidt
A Revolução Farroupilha tem destaque na história Rio-grandense, porém sua memória sofre modificações, ocasionando polêmicas entre historiadores. Uma produção histórica é baseada em fatos de um acontecimento do passado, em razão disso não há uma verdade absoluta, visto que tais fatos são reproduzidos por pessoas, nem tanto é mera ficção.
Segundo Helenice Rodrigues da Silva (2000), não existe verdade absoluta no conhecimento histórico. Já para Eduardo Scheidt: “Admite-se, de longa data, que toda realidade como conhecimento, é uma representação [...]” pp 189-209. Não se pode confiar no realismo documentário como a “reprodução fiel da realidade”, pois toda a produção histórica traz uma versão e ponto de seu autor de acordo com seu ângulo de visão sobre o fato, onde se deve levar em conta o tempo e espaço que este se encontra. Os primeiros textos sobre a Revolução Farroupilha foram escritos por legalistas e antifarroupilhas, com isto tinham uma ideia desfavorável a Revolução.
No texto de João da Cunha Barreto (major do exército imperial e português de nascimento), este afirma que a abdicação de D. Pedro I permitiu a exaltação de ideias utopistas e a atuação do povo, ocasionando a revolta nas províncias brasileiras. Porém, no Rio Grande do Sul, o pivô da revolta teria sido uma intriga internacional causada pelo Padre José Antônio Caldas, o líder da Independência Cisplatina Juan Lavalleja e o futuro chefe dos farrapos, Bento Gonçalves da Silva, que queriam a separação do Rio Grande do Sul de Brasil e união à República Oriental do Uruguai.
A Revolução Farroupilha tomou versões diferentes segundo os separatistas e não separatistas sendo marcada por controvérsias. Segundo Rodrigo Ponte e o movimento Rio-grandense é caracterizado como uma revolta onde o povo foi iludido pela ideia de separação, bem como a proximidade e influências das Repúblicas farroupilha é caracterizada como revolta contra o