O Processo de Aconselhamento Pré-conjugal
Introdução
“...nunca o homem pode entender completamente a mulher e nem a mulher o homem.” (Paul Tournier) [1]
O processo de aconselhamento pastoral pré-matrimonial é fase significativa na vida de muitos casais. Requer, portanto, cuidado e constante preparo de nossa parte. Além disso, a Igreja Metodista, nos Cânones (2002, p.278), estabelece que é dever pastoral “instruir, segundo normas estabelecidas, os noivos para o rito do matrimônio e para os deveres da vida conjugal”. Essa importante tarefa pastoral é, igualmente, fator de contribuição para que as vidas do noivo e da noiva e, também, da própria pastora ou do pastor, sejam enriquecidas ao refletir e dialogar sobre a fé cristã e sua relação com os diversos aspectos envolvidos no casamento.
Este artigo pretende submeter um roteiro básico para as sessões de preparo para o casamento. As linhas de reflexão que se seguem não intentam indicar prescrições, ou um modelo único e inflexível. A intenção é indicar um campo amplo, dinâmico, de referências pertinentes a um núcleo comum, relativamente constante no contexto do casamento em diferentes culturas. Esses conteúdos devem desdobrar-se em outros aspectos, de acordo com as necessidades do casal e com as circunstâncias que os levaram a optar pelo casamento. Deste modo, as pautas que se seguem não cobrem todas as situações e não são normativas.
Quais seriam os objetivos principais desse processo?
1. Ajudar o casal a reconhecer, em nível afetivo e cognitivo, o valor e o significado cristão e humano do casamento.
2. Identificar as áreas que, freqüentemente, são fontes de dificuldades, tensões e conflitos no relacionamento entre casais.
3. Motivar o casal a desenvolver conhecimentos e meios de lidar, de maneira equilibrada e realista, com situações de crises.
1. A primeira entrevista: prioridades
O primeiro contato com o casal pode ser determinante para que o processo adquira um rumo meramente formal, ou que