O problema não é você, sou eu!

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Eu nunca gostei muito da idéia de assumir um relacionamento sério com alguém. Ah, eu sei lá... Essa coisa de ligar toda hora, ter que dar satisfação e ser obrigado a trocar uma balada com os amigos no sábado a noite por cobertor, comedia romântica e só uma mulher do meu lado... Não, não faz muito meu estilo. Além disso, ainda teria que aprender a lidar com TPM, lembrar das datas importantes e assistir à novela antes do futebol. Sem falar das mil e uma exigências e reclamações que ela provavelmente faria; essas coisas bobas mesmo, tipo "não vai fazer a barba hoje?", "tira a toalha de cima da cama" e doses e mais doses do famoso "não viu nada de diferente em mim?". Não me levem a mal, mas acho que eu não sobreviveria nem ao primeiro mês de namoro.
Até admiro quem consegue levar um namoro adiante. É serio, juro! Invejo esses casais que estão juntos há anos e parecem mais melhores amigos. Às vezes me deparo com esses vídeos melosinhos e românticos que compartilham por aí e me bate uma vontade de ter alguém... Mas logo, logo a vontade passa. Imagina só ter que almoçar na casa dos pais dela todos os domingos?! Não, não, calma, até aí tudo bem, esse é o menor dos meus problemas, mas agora me idealize tendo que cuidar de alguém. Pô, é responsabilidade demais! Eu não sei cuidar nem de mim!
Tenho uma teoria: ou eu sou excessivamente romântico e estou, disfarçadamente, a espera de alguém que realmente valha a pena e que vá conseguir me mudar, assim, sem que nem eu mesmo perceba, ou eu sou um babaca completo que não consegue levar a serio nem a si mesmo, quem dirá levar a sério outra pessoa... Ta, cá entre nós, provavelmente me encaixo mais no segundo caso e, não, não digo isso como se fosse alguma coisa da qual eu me orgulho, mas acho muito mais digno assumir de uma vez que sou um caso perdido do que fingir que morro de amores por alguém que não me faz nem morrer de rir. Sejamos sinceros: se for pra encarar um relacionamento como test-drive, não é melhor continuar

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