O problema do mal - mondin

786 palavras 4 páginas
A princípio, Mondin nos expõe a ideia de que o mal é uma realidade que não pode se ignorar, porque de fato existe, mas também não se pode supervalorizá-lo; dar tanta atenção a ele.
De acordo com o autor, o conceito de mal é encontrado em todas as culturas e pode-se definir como qualquer coisa que venha a ser considerada danosa ao homem. Trás prejuízo e insatisfação ao homem.
Desde o pensamento grego, segundo ele, a racionalização do problema do mal vem sendo operada; sendo pensada e discutida já por Platão e Aristóteles, embora não tivesse sido o tema central de suas discussões.
Este tema também passou pelo mundo clássico, sendo Plotino o único filósofo a se colocar em estudo sobre tal tema, definindo-o como privação e ausência de bem; e a causa da ausência do bem, segundo Plotino, é a matéria. Por isso para ele chega-se a privação do mal quando houver a separação da alma da matéria, portanto, o corpo.
Também é o problema do mal, objeto de reflexão e discussão do cristianismo, sendo principal questão acerca deste tema a seguinte: Porque é possível que o mal possa manchar a obra de Deus, sendo este criador de todas as coisas, inclusive da matéria?
Para este questionamento, vem a resposta de grandes pensadores cristãos com Santo Agostinho, Santo Tomás e Leibniz.
S. Agostinho afirma que Deus não pode ser a causa do mal. Uma vez que o que é considerado mal pelos homens, advém de algo que é/foi bom em si mesmo. Parece-nos que aqui, S. Agostinho apresenta mesmo o homem como causa do seu próprio mal, uma vez que este é responsável pela mutação do que é bom em si pelo mal.
O Santo continua afirmando que o mal visível e que aflige os seres, que é o mal físico, advém do mal moral, outro tipo de mal que atenta contra aquilo que é natural e louvável.
Também outro santo, segundo o autor, expõe seus pensamentos cristãos acerca deste tema: Santo Tomás de Aquino. Este santo, não diferente daquele, define o mal como “ausência do bem que uma coisa é destinada ou deveria

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