O problema de ser sujeito
O ser humano é o produto da sua subjetividade e das suas experiências sociais, mas muitas vezes devido a esses fatores ele acaba se tornando objeto, ou seja, um ser acomodado e manipulado, ao invés de tornar-se sujeito, sujeito aquele que tem autonomia e que é legislador de si mesmo.
Segundo Paulo Freire, o homem deve ser integrado para ser sujeito, ou seja, ele deve exercitar e agir na sua liberdade, assumir as suas tarefas e analisá-las, para que possa se posicionar criticamente e tomar decisões que alterem sua realidade, caso isso não aconteça o ser humano se coisifica, ou seja, fica submisso as autoridades, prefere que os outros pensem e façam as coisas por ele, se acomoda, se torna objeto, e assim, permanece na minoridade. Essa minoridade pelo qual o próprio homem é responsável, segundo Immanuel Kant, é a incapacidade do ser humano de fazer uso do seu próprio entendimento, para que ele se desprenda dessa minoridade ele deve buscar o esclarecimento, e quando o esclarecimento é alcançado o homem passa a ser sujeito.
Jean Paul Sartre afirma em ‘’O existencialismo é humanismo’’ que o homem só existe na medida em que se realiza ou age. Um pensamento parecido pode ser encontrado na Dialética em Paulo Freire, onde ele diz que nota-se na humanidade um movimento constante e contínuo de pensar e agir, esse movimento é denominado dialética. Quando o homem age e pensa ele passa a conhecer a si mesmo e o ambiente em que esta inserido, liderando assim sua autonomia, e exercendo seu papel de sujeito na sociedade.