O principe
R: Ao longo da história, esses termos adquiriram uma carga negativa que não estava presente na obra de Maquiavel: ao escrever o Príncipe, ele não tinha por objetivo ser falso ou enganar ou qualquer outra atividade negativa, mas, apenas orientar o detentor temporal do poder sobre como deveria agir, política e socialmente falando, para manter-se, legitimamente, no poder.
2-O termo maquiavelismo é apropriado porque remete a uma leitura crítica da experiência política a partir da ótica de Maquiavel como bom observador de seu contexto renascentista e das tramas do poder que ais ocorriam. Explique a aplicabilidade do livro O Príncipe como manual de dominação e, ao mesmo tempo, como pistas para resistência contra os poderosos.
3-Um príncipe para ter “virtù”, precisa mostrar-se apto à flexibilidade conforme as circunstâncias, o contrario fracassará. Nesse aspecto, quando ele deve seguir o que é certo e o que é errado?
R: Ao abordar a virtù maquiaveliana, constatamos que um verdadeiro príncipe prudente e corajoso que visa ao bem estar de seu Estado deveria construir um novo espelho que garantisse a estabilidade e a paz políticas necessárias à vida humana. Em outras palavras, entender a importância da arte da guerra, associada à prudência do príncipe, é entender que a virtù de guerra serve para afastar os inimigos externos e manter a coesão interna.
Maquiavel constata que dois fatores são os sustentáculos garantidores da estabilidade e segurança de um governo soberano: boas leis e boas armas. A concepção da política maquiaveliana fundamenta-se no fato de que é impossível existirem boas leis e boas armas se não houver um homem de Estado ousado e viril, como um modelo a ser seguido.
“4- A regra geral é de que, quando estrangeiro poderoso penetra numa província, todos os habitantes menos poderosos o apoiam movido pela inveja dos que tinham poder maior que