O principe - cap 18 e 21
A conduta dos príncipes e a boa fé.
1. Lealdade, integridade, convicção, honradez e franqueza, são algumas virtudes aclamadas em um príncipe, contudo oque a experiência nos mostra é que a esperteza, a manha, a habilidade em enganar de alguns príncipes e agravada pela irresponsabilidade das palavras por eles pronunciadas, com o único objetivo de inflamar os ouvidos dos seus súditos com promessas que nunca serão cumpridas, fazem com que estes superem aqueles compromissados com a palavra proferida. 2. O Príncipe dispõe de duas maneiras para lutar: através da lei que é um método próprio do homem e a força que é própria dos animais, que partindo do princípio de que lidamos com animais, pode ser aplicado quando o primeiro já não é mais o suficiente, mas para isso o príncipe deve ter domínio de ambos. 3. Um príncipe prudente o seu único compromisso é com seus interesses, pois ele não pode manter sua palavra quando esta possa lhe prejudicar. É preciso força e inteligência para lutar contra os mais fortes, é preciso também saber camuflar essa natureza, pois os homens são facilmente enganados por aqueles que querem engana-los devido ao seu imediatismo, sem conseguir enxergar além. 4. Em tese, um príncipe precisa ter e mostrar que tenha boas qualidades, seu lado humano, integro e religioso, contudo deve ser capaz de transformar tudo isso em coisas maléficas se e quando necessário, sem que isso fique completamente em evidencia. 5. Definitivamente o príncipe precisa, independente de como, convencer aos seus que é um homem tomado pela religiosidade, pois somos julgados por aquilo que as pessoas veem e não por aquilo que sentimos e realmente somos. Triunfai sempre, não importa com que meios, e sempre terás razão.
Cap. 21:
Como deve agir um príncipe para ser estimado. 1. Grandes obras e valiosos exemplos são pontos preciosos para que um príncipe tenha prestigio. A exemplo do Rei de Aragão que de um monarca sem importância se tornou o