O Primo Basílio
Bibliografia:
Queirós, Eça 1845 – 1900
O Primo Basilio / Eça de Queirós. Fortaleza: ABC Editora, 2004.
Danilo Wanduyne Pereira
Estudante do curso de Licenciatura em Música pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN
O primo Basílio trata-se do segundo romance mais longo do escritor Eça de Queirós, onde ele procurou desenvolver, através da ficção, o que chamava de arte de combate. O combate é dirigido à ociosidade, a dependência burguesa da mulher e, principalmente, a sua educação. Alem do sucesso em Portugal, o romance foi divulgado, no Rio de Janeiro, no mesmo ano de sua publicação, causando imenso interesse principalmente, pela sua temática, uma mulher jovem, egressa da burguesia lisboeta, flagrada em adultério com um primo sedutor. Porém a causa, no romance, não é o adultério em si, mas as causas que levaram a personagem feminina, Luísa a trair o marido. Entre elas, estavam aquelas que se relacionavam a má educação da mulher portuguesa, cujo acesso ao estudo, nos conventos ou colégios religiosos, limitava-se as artes manuais e a preparação para o casamento. Alem disso, a mulher não praticava exercícios físicos. Entretinha-se a ler romances açucarados na sua ociosidade domestica. Luísa tinha o cabelo loiro, sua pele tinha a brancura tenra das loiras. O Jorge o marido, não freqüentava bares e era muito caseiro, uma vez por semana visitava Eufrásia uma rapariguita costureira, a qual Jorge achava-a romanesca. Luísa contratara a criada Juliana havia dois meses, mas não pudera se acostumar a sua fealdade e ao ruído dos sapatos ordinários. Uma das personagens que também participa da trama é sua amiga Leopolda que tinha 27 anos e tivera um casamento infeliz com um empregado da Alfândega. Tinha muitos amantes, e, por ser uma mulher bela, fazia voltar os olhares acesos dos homens. Jorge odiava a amiga de sua esposa devido a forma vulgar que ela reagia. Dona Felicidade e o conselheiro Acácio eram