O primo basilio
O ESCRITOR EÇA DE QUEIRÓS
“Queremos fazer o quadro do mundo nas feições em que ele é mau, fazer a fotografia do velho mundo burguês, sentimental, devoto, católico, explorador aristocrático. Pintar a sociedade portuguesa e mostrar-lhe que triste país formam – eles e elas. É necessário acutilar o mundo oficial, sentimental, literário, agrícola, supersticioso, e com respeito às instituições de origem eterna, destruir as falsas interpretações e realizações que lhes dá uma sociedade podre.” Eça de Queirós.
A OBRA O PRIMO BASÍLIO
►Publicada pela primeira vez em 1878, é obra inserida no ideário estético realista/naturalista lusitano. ► Expõe a falsa moral familiar, a degradação da família, do casamento. ► Foco narrativo em 3ª Pessoa.
O ENREDO
►Inicia com a descrição do cotidiano... “Tinham dado onze horas. Jorge fechou o volume de Luís Figuier (escritor francês), e ficou a pensar em sua viagem ao Alentejo, no dia seguinte devia partir. Era engenheiro de minas, (...). Em três anos de casamento, era a primeira vez que se separava de Luísa. Enquanto isso, ela ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias... – Ah! – fez Luísa de repente, toda admirada para o jornal. - Que é? - É o primo Basílio que chega!
NO DIÁRIO DE NOTÍCIAS...
“Deve chegar por estes dias a Lisboa, o Sr.Basílio de Brito, bem conhecido da nossa sociedade. S.Ex.ª que, como é sabido, tinha partido para o Brasil, onde se diz reconstituíra sua fortuna com um honrado trabalho, anda viajando pela a Europa desde o começo do ano passado. A sua volta à capital é um verdadeiro júbilo para os seus amigos que são numerosos.”
QUEM É O PRIMO BASÍLIO
“Fora o seu primeiro namoro, (...). Tinha ela dezoito anos! (...) Fora uma criancice; ela mesma, às vezes, ria, recordando as pieguices ternas de então, certas lágrimas exageradas. (...) Tinham muita liberdade, ela e o primo Basílio. Basílio era rico levava cartuchos de doces à tia Jojó (mãe de Luísa). E eles,