O primo basilio
O filme Amistad relata um fato real que ocorreu em 1839, quando o navio La Amistad transportava escravos africanos. Enquanto o navio tinha seu destino traçado em direção à Cuba, um dos homens conseguiu se soltar das algemas e libertar os outros, provocando assim uma rebelião. Boa parte dos navegantes foram mortos, restando apenas dois tripulantes para que eles conseguissem voltar à sua terra natal, porém o retorno não foi concretizado. Como os escravos não conheciam o caminho e as técnicas de pilotagem de um navio, os espanhóis sobreviventes fizeram o trajeto rumo aos Estados Unidos. Diante disso eles foram novamente aprisionados e logo foram levados a julgamento. Durante o andamento do processo, muitas as partes reivindicaram a posse dos negros. A monarquia da Espanha afirmava ser proprietária dos escravos, enquanto a marinha americana queria, para compensar os prejuízos, confiscar o La Amistad e todo o seu carregamento, como também os dois espanhóis sobreviventes pleiteavam a "mercadoria" do navio. Quando o caso parecia estar solucionado, Baldwin conseguiu apresentar um inventário do navio, invalidando então os outros documentos apresentados pelos advogados de acusação. Um novo juiz foi designado para dificultar a ação de defesa. Mais tarde conseguiu que Cinqué, um dos passageiros presos, falasse para ajudá-lo a absolver todos os outros. Cinqué era considerado um líder entre os escravos e ele se comunicava através de um homem tradutor da língua mende, seus relatos tiveram grande influência a decisão do novo juiz. Porém, o julgamento ainda seria visto pela Suprema Corte Americana devido ao receio de ocorrer uma guerra civil, e ela era composta em sua maioria por proprietários de escravos. Então, Baldwin pediu que o ex-presidente John Quincy Adams o ajudasse, e baseado em seu discurso na Declaração da Independência dos Estados Unidos