O preço da busca pelo dinheiro
A crise econômica, que muitos se esforçam para nos fazer acreditar que já passou, está aí para nos revelar que o modelo consumista é insustentável ecológico-econômico e pessoalmente. As inúmeras conferências internacionais não têm passado de rodas de falácias e acusações, enquanto o que realmente necessitamos são acordos de desenvolvimentos sustentáveis efetivos. A revolta da população grega contra as medidas de austeridade revela que o povo não se sente obrigado a pagar uma conta que os bancos fizeram. A migração dos centros produtores das multinacionais para a China, na qual as condições de trabalho são uma das mais degradantes do mundo fora o fato de haver um exército de reserva muito grande, revela que a preocupação não é de fato com a felicidade de um povo que poderá comprar o mais novo modelo Nike, mas com os lucros. As pessoas têm se dedicado cada vez mais a se adequar ao modo de vida da terra do tio Sam, e nesse frenesi de comprar tudo o que veem pela frente, perdem a maior parte do tempo que poderia ser destinado ao cultivo das relações interpessoais. Desse modo, o homem tornou-se mais individualista, por consequência as relações mais frágeis e ele se sentido cada vez mais só. Como modo de ser aceito socialmente ele utiliza-se de seus objetos, esquecendo-se que a base de uma relação sólida não se compra com dinheiro. Esse círculo vicioso tem perdurado na vida contemporânea. “Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante” Antoine de Saint-Exupéry. As coisas tem o valor do tempo que lhe atribuímos, queremos comprar objetos que de fato não precisamos para comprar o afeto das pessoas. Queremos relações estáveis e verdadeiras, no entanto, não plantamos isso. A questão é: Se a finalidade é ser feliz, porque persistir em um modelo de vida que nos mergulha na solidão e infelicidade?