O presidente negro
“Sonhei, portanto, mudar de casta e por minha vez levar os pedestres a abrirem-me alas, sob pena de esmagamento. E o novo pecúlio, com tanto esforço acumulado depois do desastre germânico, não visava outra coisa. Foi, pois, com o maior enlevo d’alma que entrei certa manhã numa agência e comprei a máquina que me mudaria a situação social. Um Ford.” (LOBATO, 1926, p.27). Para Ayrton possuir um carro não era apenas um sonho, realmente considerava que tal máquina teria o poder de transformar a sua vida; não era somente uma questão de comodidade, conforto, mas de uma nova identidade. Um segundo olhar sobre si mesmo e