O precioso sangue de jesus
"...não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas com o precioso sangue de Cristo..." (I Ped. 1:18-19).
Desde o princípio o sangue tem sido considerado por Deus como algo muito precioso. Ele delimitou esta fonte de vitalidade com as mais solenes sanções. O Senhor assim ordenou a Noé e a seus descendentes: "A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis" (Gên. 9:4). O homem tinha "tudo o que se move sobre a terra" (Gên. 9:3) para lhe servir de alimento, porém, de modo algum, poderia comer o sangue com a carne. Os animais sufocados deviam ser considerados impróprios para serem ingeridos, visto que Deus não queria que o homem se familiarizasse com o sangue, comendo-o ou bebendo-o de nenhuma forma. Desse modo, mesmo o sangue de touros e bodes tinha algo de sagrado que lhe foi conferido pelos decretos de Deus.
Quanto ao sangue do homem, lembremo-nos de como Deus é ameaçador: "Certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do homem, sim, da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem. Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a Sua imagem" (Gên. 9:5).
É verdade que o primeiro homicida não teve seu sangue derramado pelo homem, mas por outro lado, o crime era algo novo e a penalidade ainda não havia sido estabelecida e proclamada, e por isso o caso foi claramente excepcional e único; e mais, provavelmente a sentença de Caim foi muito mais terrível do que se ele tivesse sido morto naquele instante. Foi-lhe permitido dar vazão a sua iniqüidade, ser um fugitivo e vagabundo sobre a face da terra, para então receber a terrível herança da ira, a qual foi, sem dúvida, grandemente acrescentada pela sua vida de pecado. Sob a dispensação teocrática, na qual Deus era o Rei e governava Israel, o homicídio era punido da maneira mais exemplar, e nunca havia