O ponto por kandinsky
Curso de Graduação em Teoria e Crítica da História da Arte
Disciplina: Fundamentos da Linguagem Visual – 1º Período de 2013
Docente: Ruth Sousa
Discente: Erika Kimie Koyama
PONTO
KANDINSKY, Wassily. Ponto e Linha Sobre Plano: Contribuição à análise dos elementos da pintura. São Paulo: Martins Fontes: 2001. p. 17 a 45.
FICHAMENTO. Kandinsky inicia sua teoria sobre os elementos da pintura afirmando que do ponto de vista material, “o ponto é igual a Zero”, tendo encontrado sua forma, em primeiro lugar, na escrita, significando silêncio. Assim, na linguagem escrita, o ponto é entendido como o símbolo da interrupção, sendo também um elemento de ligação. Já no mundo da pintura, o ponto é o resultado do primeiro encontro da ferramenta com a superfície material, o plano original. Essa superfície poderá ser madeira, tela, metal, etc. Já a ferramenta é variada, podendo ser lápis, pincel, pena etc. Tem-se, assim, que o ponto possui certa dimensão e ocupa uma superfície no plano. Além disso, possui contornos que o isolam do entorno. Suas dimensões variam e, exteriormente, podemos definir o ponto como a menor forma básica. Mas há que se observar a relação da dimensão do ponto e sua superfície básica, pois o que pode ser considerado ponto numa superfície básica totalmente vazia, deve ser designado como superfície, quando na primeira se acrescenta uma linha bem fina. Por tal razão é que se necessita de avaliar a relação entre as dimensões para definir a noção de ponto, sem, no entanto, utilizar de fórmulas numéricas, pois não cabem ao caso. Em sua forma exterior o ponto é pequeno e idealmente redondo. Mas seus contornos podem ser relativos ganhando recortes ou mesmo, tender a outras formas geométricas. Já interiormente, o ponto é a forma mais concisa. Ele possui uma tensão concêntrica, mesmo se estiver tendendo para o excêntrico. Se perfeitamente redondo, o ponto praticamente não terá integração com seu entorno, não mostrando