“O ponto de mutação”
O filme O Ponto de Mutação, baseado no livro de Fritjof Capra, tem como cenário principal o ambiente bucólico de um castelo medieval em uma praia na França, para onde dois amigos, um poeta não muito famoso que abandonou a cidade grande por não tolerar o modo de vida mercantilizado e um político que concorreu à presidência dos Estados Unidos, fazem uma visita turística e lá têm um encontro não planejado com uma ex-cientista física que vê seus ideais serem traídos devido à utilização dos resultados de suas pesquisas para usos bélicos.
A partir desse encontro, os três personagens tecem debates filosóficos sobre diversos assuntos ligados à evolução do pensamento humano, principalmente em torno da cultura mecanicista das civilizações ocidentais modernas. Também discorre sobre as influências desta cultura na política, medicina e economia contextualizando com as teorias de mestres das Ciências como Copérnico, Galileu, Francis Bacon, René Descartes e Isaac Newton.
Munidos de crenças e sentimentos diferentes sobre os rumos da vida, esses personagens compartilham de uma fase de crise existencial que lhes força a fazer uma reflexão sobre as causas que afetam a visão de mundo na sociedade.
Primeiro, temos a perspectiva de visão de um político chamado Jack Edwards que não saiu vitorioso nas eleições à presidência e estava passando por uma fase de incertezas em relação à sua carreira política e agora buscava descansar um pouco em contato com seu velho amigo, o poeta e ex-colaborador de campanha Thomas Harriman, que também tem suas decepções no meio político, além de passar por um estágio de crise de meia idade. A terceira e mais instigante personagem, Sonja Hoffman, sustenta as ideias-chave do filme e possui um pensamento mais complexo do mundo e representa a classe científica que cria, mas não tem domínio dos rumos que tomam suas descobertas.
Muitas teorias sociais, filosóficas, econômicas, políticas são mencionadas no filme, assim como os