O poder
ANTONIO CARLOS DOS SANTOS |
CIÊNCIA POLÍTICA AULA 3 | Compreender o estudo da política no mundo atual, conhecer as características do poder político, a política junto à sociedade, à moral e ao direito. |
BIBLIOGRAFIA | SANTOS, Boaventura de Sousa. A crítica da Razão Indolente: contra o desperdício da experiência. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002. p. (55-117) | SÍNTESE DO TEXTO. | DA CIÊNCIA MODERNA AO NOVO SENSO COMUMA crise epistemológica destes últimos 200 anos está permitindo a absorção do pilar da emancipação pelo da regulação. Este último, apesar de ser o paradigma dominante, aos poucos vai perdendo seu espaço. A regulação é mantida em equilíbrio através das três racionalidades a seguir: moral prática, estético expressivo e cognitivo instrumental. A racionalidade cognitivo instrumental colonizou aos poucos as várias racionalidades da emancipação o que elevou a concentração das potencialidades emancipatórias da modernidade na ciência e na técnica. Isso possibilitou a ascensão do marxismo como ciência [sociologia] e o socialismo como modelo social vigente ainda em uns poucos países.O desenvolvimento dos meios de produção e do consumismo [mercado] em detrimento do Estado e comunidade [princípios da regulação], nos mostra o desenvolvimento desigual da emancipação ao invés de ser dissolvida pela regulação. A regulação ficou desacreditada como pilar da modernidade devido a contradições internas, tornando-a impossível, ao passo que a torna a emancipação impensável. (SANTOS, 1981, p.57)Como paradigma dominante a regulação constituiu-se no séc. XVI com a revolução científica e com o domínio das ciências naturais nos séculos seguintes. Isso lhe rendeu a alcunha de modelo global de racionalidade científica. A partir daí avança sistematicamente observando os fenômenos naturais com base nos quatro tipos de causa da física de Aristóteles: material, formal, eficiente e final. Tudo isso baseado na ideia de que o passado repete-se no