O poder
• Reflexão social no séc. XIX
A ciência desenvolveu-se, em parte, pela necessidade de um método de conhecimento e compreensão mais segura e confiante do mundo que nos rodeia (Kerlinger 1984), de forma a poder explicar as diferentes mudanças, os fenómenos complexos, incluindo a do Homem e os seus comportamentos.
As ciências sociais ou a ciência do Homem (Nunes, 1987) engloba um conjunto de ciências díspares e desconexas pois cada uma tentava compreender a sua própria realidade social ou objecto. Silva e Pinto (1986) consideram estas ciências como as: Sociologia, Economia, Psicologia Social, Antropologia Geografia Humana, Demografia e ainda referem que o objecto comum destas ciências é procura do conhecimento da realidade, construindo desta forma instrumentos que proporcionem informações sobres essa realidade e inteligível. A realidade estudada é a mesma só que cada uma com o seu método de investigação especifico (Gurvitch, 1963, cit. Por Nunes, 1987).
Para Nunes (1987, pp.29), a constituição das ciências sociais esteve directamente relacionada com a possibilidade histórica de afirmação da autonomia do social, com o desenvolvimento socioeconómico, políticos e teóricos do séc. XVII, XVIII, XIX, impuseram a ideia da existência de uma ordem social laica e colectiva não directamente determinada pela vontade divina, irredutível á acção social e submetida a leis”.
Não é possível definir datas e períodos que sustentam a formação das ciências sociais pois cada possui a sua própria história paradigma específico, teorias, técnicas e métodos.
ORIGEM:
As origens da disciplina inserem-se no contexto de uma serie de mudanças radicais introduzidas pelas duas grandes revoluções: A REVOLUÇÃO FRANCESA DE 1759, que representou o triunfo das ideais e valores seculares como a liberdade e a igualdade, sobre a ordem social/tradicional, inicio de um movimento dinâmico que se espalhou pelo globo. REVOLUÇÃO