O poder do Convencimento
Combinação de artistas e vendedores, os publicitários e os profissionais de marketing se projetam no mercado à medida que cresce a competição. Não basta ter um bom produto nas mãos. É preciso convencer as pessoas disso. Ou mais: com uma idéia inteligente e bem executada, esses profissionais são capazes de criar uma necessidade (leia-se “fazer alguém comprar alguma coisa da qual não estava precisando”). Por aí, dá para calcular o valor que esses profissionais acabam tendo para setores como a indústria e o comércio. Ter o dom de construir ou modificar imagens é um atributo que interessa também aos políticos – o que favorece o mercado de trabalho para os publicitários nos anos eleitorais, como este.
Embora na prática nem sempre seja possível fazer tal distinção, as atividades do publicitário e do profissional de marketing são complementares. Enquanto o primeiro cuida da criação da propaganda, o segundo está mais envolvido no processo de venda, que inclui identificação de mercados consumidores e estratégias de abordagem desse público.
Quando se fala em publicidade, montar uma boa campanha é, sobretudo, um trabalho de equipe. Faz parte do planejamento conversar com o cliente, saber qual o retorno que ele espera obter com o produto, realizar pesquisas de opinião com os consumidores, definir o público-alvo e o perfil dos veículos que serão usados para a divulgação. Em geral, a criação da peça publicitária fica por conta de dois profissionais, um ligado ao texto e outro à imagem. Com a propaganda concebida, sempre é necessário submetê-la à aprovação do cliente. Ao definir os meios de comunicação (televisão, jornais, outdoors etc.) onde será veiculada a propaganda, o profissional precisa levar em conta fatores como a audiência ou a tiragem (número de exemplares vendidos) e o perfil socioeconômico do público atingido.
“O publicitário deve compreender o meio e as pessoas”, ensina Luiz Fernando Garcia, diretor do curso de Comunicação Social