O plano sem mapa
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O plano sem mapa
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No início dos anos 70 os planos começam a ser planos simplórios feito pelos próprios técnicos do municípios, sem muito rebuscamento e complexidade como os antigos. Os novos eram planos sem diagnósticos ou com diagnósticos bem reduzidos, praticamente sem mapas.
Seus dispositivos eram voltados para generalidades. O plano sem mapa procura dar a impressão de estar cuidando do planejamento e o aprimorando continuamente.
O plano basicamente enumerava políticas, objetivos e diretrizes, todos mais bemintencionados possíveis, e com isso acabaria com discórdias e conflitos.
Pode se perceber que o plano é também um mecanismos que a classe dominante usa para seu próprio interesse. Ele está ligado ao “posterior detalhamento” e isto não ocorre.
Então é criado plano para o cumprimento de plano. Este novo plano abre portas para inúmeros assuntos de diversas naturezas, da cidade ou não. Assuntos de tarifas e assuntos da cidade, e discussões sociais e seus papeis dentro e fora do município.
No auge da ditadura em 30 de dezembro de 1971 no Brasil é aprovada a lei nº 7688 que institui o PDDI-71 (Plano Direto de Desenvolvimento Integrado) , usando manobras com nomenclaturas para tentar esquecer os fracassos passados na história do urbanismo brasileiro.
O PDDI-71 não é elaborado por técnicos alheios a administração, e sim por técnicos da administração municipal, que mantém a discrição ao máximo. Devido a falta de conteúdo e diagnóstico, este mesmo se apoia no PUB que apesar de engavetado, teria muito conteúdo, sido entregue pouco antes, e mesmo assim não havia nada que dizia sobre a forma operacional. Mas este plano foi baseado no estoque de conhecimento do órgão público que se dizia mais que suficiente, assim foi criado na Câmara.
Este plano é lembrado como algo obsoleto, mas também legítimo, válido e sério. Com
57 artigos, a maioria não sem utilidade, o planejamento se diz importante para o zoneamento da cidade