o plano real
O Real foi implantado em 1994, durante o governo do presidente Itamar Franco e do Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. O Plano Real, como proposta mais vasta, reforçou e ampliou a política neoliberal de equilíbrio da economia, nascida ainda no governo Collor. As políticas públicas reforçaram a abertura do mercado, liberação do capital, permuta supervalorizada, privatização de empresas estatais, livre negociação salarial e queda imediata da inflação. Dificílimo não lembrar da queda da inflação quando aludimos ao aniversário do Plano Real.
Ledo engano. A finalidade verdadeira do Plano Real era, além de consolidar a moeda, alterar o padrão de acumulação de capital no país. O Plano Real não foi um plano para baixar a inflação, mas tinha como pano de fundo uma política econômica, que foi usada para rearticular o desenvolvimento do país, no acordo da dívida externa que visava ajustar a inclusão do Brasil com o mundo.
Os instrumentos usados pela política econômica neoliberal, como a conversão super valorizada, “destroem o parque industrial, porque colocam a importação em vantagem em relação ao que é produzido internamente, e as taxas de juros são elevadas”, (DIEESE). Com isso, as indústrias passam a produzir menos, fecham postos de trabalho dando começo a um problema social e federativo, causando acontecimentos como a guerra fiscal e a instabilidade do desenvolvimento. Esse modelo econômico causou o desemprego e a fragilidade das relações de trabalho. A queda da referência inflacionária trouxe a redução dos postos de trabalho. A troca de uma inflação menor por menos empregos faz parte da política econômica que impera no Brasil desde o governo Collor e, da qual o Plano Real é peça principal e ardilosa.
No início do Plano Real, o trabalhador teve um aumento de ganhos, porque a inflação teve uma queda muito grande, mas, depois vieram contínuas baixas nos ganhos, aumento no desemprego e seqüelas oriundas dessas situações, trazendo a